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  • Foto do escritorGliese Work Solutions

GLIESE NEWS 10

Atualizado: 19 de fev. de 2019

AUTOMATIZAÇÃO – Estarão os postos de trabalho em causa?

Automação em Portugal pode levar à perda de 1,1 milhões de empregos na indústria e comércio até 2030.


A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) apresentou recentemente um estudo que elaborou, juntamente com o McKinsey Global Institute (MGI) e a Nova School of Business and Economics, intitulado "Automação e o Futuro do Trabalho em Portugal", onde é estimado o potencial de automação da economia portuguesa até 2030, é analisado o impacto da automação na evolução do emprego em Portugal e são abordados os desafios que se colocam no processo de transição para a economia digital.

O estudo enaltece o “relativamente alto potencial de automação” de Portugal, principalmente devido ao “peso da indústria transformadora e às tarefas repetitivas registadas em diversos setores", e classifica como “uma enorme oportunidade” a transformação digital da economia e da sociedade a nível nacional.

O artigo estima que metade do tempo despendido nas atuais atividades laborais poderia ser automatizado com tecnologias atualmente já existentes, o que fundamenta a existência de um elevado potencial de automação comparativamente a outros países, com tendência para aumentar uma vez que se estima que "em 2030 essa percentagem de tempo crescerá para 67%", de acordo com o mesmo artigo.



entre 600 mil e 1,1 milhões de novos postos de trabalho até 2030
Entre 600 mil e 1,1 milhões de novos postos de trabalho até 2030

Projetando um cenário em que cerca de 26% do tempo de trabalho passa a ser automatizado, o estudo prevê que se que possam vir a extinguir "o equivalente a 1,1 milhões de postos de trabalho até 2030, com maior incidência nos setores da indústria transformadora e do comércio".


Em contrapartida e no que se refere principalmente aos setores da saúde, assistência social, ciência, profissões técnicas e construção, o estudo considera que poderão originar entre 600 mil e 1,1 milhões de novos postos de trabalho até 2030, devido ao processo de automação e crescimento económico associado.

De acordo com as conclusões do artigo, até 2030, cerca de 1,8 milhões de profissionais terão necessidade de melhorar as suas competências ou terão de mudar de emprego, o que representa um processo exigente e desafiante para os setores público e privado na "reconversão da força de trabalho".

A avaliação de novas políticas públicas e o delineamento de um eficaz plano de requalificação da sociedade surgem referenciados no artigo como os principais processos através dos quais será possível minimizar os desafios para o País decorrentes da transformação digital da economia e da sociedade e potenciar todas as oportunidades que a mesma proporciona, alertando ainda para o necessário esforço conjunto que deverá existir entre setor público, empresas e instituições de educação e formação.


Ao nível da Segurança e Saúde no Trabalho, o processo de Automação da economia e da sociedade também poderá apresentar aspetos positivos e negativos no que diz respeito à salvaguarda dos trabalhadores, levando a uma necessidade de atualização do conhecimento por parte dos Técnicos de Segurança no Trabalho e Médicos do Trabalho.

Deste modo, este processo poderá diminuir a exposição ocupacional dos trabalhadores a um determinado tipo de riscos, como também desencadear a eventual exposição a outros e a novos tipos de riscos laborais.


Objetivamente, poderá levar à redução da exposição ocupacional a riscos físicos normalmente associados à área da Indústria, e mais especificamente, aos setores de produção. No entanto, este crescente impacto da tecnologia nas atividades industriais poderá inflacionar a percentagem de população ativa alvo de exposição a radiações óticas e aos já emergentes riscos ergonómicos, associados normalmente à utilização de equipamentos dotados de visor, assim como poderá aumentar a probabilidade de exposição a campos eletromagnéticos. Estes são alguns dos exemplos que se poderão confirmar em termos práticos, e que justificam certamente uma análise rigorosa e uma constante renovação do conhecimento para todos os que têm como missão a prevenção e proteção das pessoas em meio laboral.





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