O aumento da mecanização e automatização das tarefas acelera significativamente o ritmo de trabalho. Ainda assim, continuam a existir muitas tarefas realizadas manualmente, implicando um grande esforço físico. Por consequência de ambos, está demarcado um aumento de número de trabalhadores com sintomas como dores de costas, pescoço, pulsos, pernas e braços como também fadiga visual.
A consequência mais comum, causada pela falta de condições ergonómicas do posto de trabalho são as Lesões Músculo-esqueléticas Relacionadas com o Trabalho (LMERT). Estas incluem um conjunto de doenças inflamatórias e degenerativas do sistema locomotor. Designam-se LMERT as lesões que resultam da ação de fatores de risco profissionais como a repetibilidade, a sobrecarga e/ou a postura adotada durante o trabalho. As LMERT geralmente incidem nos membros superiores e na coluna vertebral, mas podem surgir também noutras zonas do corpo, como os joelhos ou os tornozelos, dependendo a área do corpo afetada e da atividade de risco desenvolvida pelo trabalhador.
A má postura e as lesões por esforços repetitivos, ao logo do tempo, causam diversos danos que prejudicam e comprometem a saúde do trabalhador, impossibilitando, muitas vezes, que esse indivíduo continue a executar a mesma função.
Ergonomia
A ergonomia é o estudo do trabalho no ambiente em que este é desempenhado (posto de trabalho) com aqueles que o desempenham (trabalhadores). O termo ERGONOMIA deriva do grego “ERGON” que significa trabalho e “NOMOS” que significa normas. Os estudos são realizados com o objetivo de determinar a forma como o local de trabalho pode ser concebido ou adaptado ao trabalhador de modo a prevenir diversos problemas de saúde, aumentando a eficácia.
Esta ciência engloba uma grande variedade das condições de trabalho que podem afetar o conforto e a saúde do trabalhador, nomeadamente, a iluminação, o ruído, a temperatura e as vibrações, a conceção do posto de trabalho, das ferramentas, das máquinas, das cadeiras e o calçado. Também tem influência a conceção da tarefa em si por fatores como trabalho por turnos, os respetivos intervalos e os horários de refeição.
Existem enumeras vantagens evidentes na aplicação da ergonomia ao local de trabalho. Para o trabalhador, os benefícios consistem em condições de trabalho mais confortáveis, saudáveis e seguras. Para o empregador, a vantagem mais evidente consiste no aumento da produtividade.
Existem várias formas de aplicar este estudo nos diferentes ambientes de trabalho, nomeadamente:
Ergonomia de conceção: interfere antes de projetar uma máquina ou posto de trabalho, um novo processo produtivo, uma fábrica ou um escritório, procura-se avaliar quais os impactos ergonómicos nos trabalhadores e fazer as devidas adequações.
Ergonomia de correção: atua de forma restrita e parcial, nas instalações ou equipamentos já existentes, modificando, quando possível, o dimensionamento de superfícies de trabalho e questões de higiene ocupacional como iluminação, ruído e ambiente térmico, na envolvente do posto de trabalho.
Ergonomia de consciencialização: baseia-se na sensibilização dos trabalhadores, através de ações de formação e informação, sobre hábitos e métodos de trabalho que possam ser prejudiciais para a saúde, como adoção de más posturas e uso inadequado de equipamentos de trabalho.
A Gliese – Work Solutions desenvolve estudos ergonómicos nas empresas clientes indicando as alterações necessárias a implementar nos postos de trabalho para assim prevenir futuras lesões e incapacidades dos trabalhadores, ajuda no dimensionamento das áreas de trabalho e indica quais as medidas mínimas dos postos trabalho, por forma a respeitar a legislação em vigor bem como trabalha na sensibilização dos trabalhadores, através de ações de formação/informação direcionadas para as questões ergonómicas.